Os playoffs da NHL – Los Angeles Kings campeão
Na final, não tínhamos como acertar 50% dos
palpites. E nisso, ficamos no zero. Deu Kings, com todo o mérito do mundo.
O nosso palpite havia sido Devils levando a taça. E
mesmo que nosso palpite tivesse sido Kings campeão, isso também não teria sido
lógico. Isso porque essa final não foi nem um pouco lógica. Esses times terem
chegado lá não foi nem um pouco lógico. Times como Pittburgh Penguins, Boston
Bruins, Detroit Red Wings e Vancouver Canucks não terem passado sequer da
primeira fase do mata-mata não é lógico. E, por isso, foi uma final
inesquecível.
Em 1993, Wayne Gretzky (maior jogador da história
do esporte – segundo os livros de recordes) desembarcou na California para
mudar a cara do esporte por lá. Chegou na final por esse mesmo Kings, mas não
conseguiu levantar o caneco. De lá pra cá, o Anaheim Ducks já esteve na final
mais duas vezes, ganhando uma delas. O esporte se revolucionou na costa oeste
americana. E só agora o Kings conseguiu provar um pouco desse novo momento.
Mas antes que o post se torne emocional, vamos só
analisar alguns aspectos que foram determinantes para o título do time de Los
Angeles:
1) Apesar
de uma grande série do Martin Brodeur, goleiro do Devils, Jonathan Quick, do
Kings, seguiu sendo uma parede nas finais. Em 6 jogos, sofreu apenas 8 gols. Um
número incrível;
2)
O Kings venceu dois dos três jogos na
casa do adversário. Isso foi determinante para o resultado da série;
3)
Dustin Brown apareceu quando o Kings
necessitou dele. Foram 2 gols fundamentais no jogo 6, abrindo o caminho para o
título;
4)
O forechecking do Kings: durante todo
os playoffs, a habilidade do Kings em manter o adversário em sua zona,
sufocando-o, permitiu que o time abrisse, em todas as séries, vantagem de 3
jogos a zero;
5)
O Kings manteve a compostura no jogo 6
e, principalmente, se manteve fora do penalty box. E quando funcionou o power
play do time, aí sim foi só correr para o abraço;
6)
Já falei no quanto jogou o Jonathan
Quick?
7)
As quatro linhas do Kings marcaram gols
nas finais. Impossível jogar contra um time equilibrado assim, né?
8)
O power play do Devils não apareceu nas
finais, o que facilitou bastante a disputa para o time de LA. Isso sem falar no
Ilya Kovalchuk, que desapareceu quando precisaram dele. Isso ajudou bastante
também, né?
9)
Mike Richards e Jeff Carter. O
Flyers deve estar se roendo de raiva de ter mandado esses dois embora ano
passado, hein? Jogaram muito;
10) Que
tal os números de Jonathan Quick nos playoffs, hein? Já havia comentado que ele
defendeu até mosquitos que tentavam entrar em sua goleira? Não foi a toa que o
moço foi eleito do jogador mais valioso dos playoffs.
De qualquer forma, foram séries incríveis durante
esses playoffs. E, no final, o pior time classificado no oeste acabou com a
taça nas mãos. Não me lembro de algo como isso ter acontecido nos últimos 20
anos. O Oilers, em 2006, quase levou, mas perdeu para o Hurricanes, em 7 jogos.
Espero que esse time não se desmanche, como
aconteceu com o BlackHawks de 2010. Tem muito potencial esse grupo. Sério, Drew Doughty, Jarett
Stoll, Rob Scuderi, Simon Gagne, Dustin Penner, Anze Kopitar, Jeff Carter,
Justin Williams, Mike Richards, Matt Greene, Dwight King, Trevor
Lewis, Dustin Brown, pra citar “alguns”. Baita time!
Mas buenas, apesar de não termos acertado o palpite
do campeão, desde o início dos playoffs apostávamos no Kings como finalista da
conferência do oeste e o consideramos um campeão muito honroso para o nosso
esporte. Que time incrível. 16 vitórias e apenas 4 derrotas, derrubando os 3
melhores times da conferência. Fantástico.
Parabéns também ao técnico Darryl Sutter, que em
outra oportunidade havia perdido com o Calgary Flames, contra o Tampa Bay
Lightining, em 2003. Fez um excelente trabalho e, apesar de meio carrancudo,
mudou o time desde que chegou em Los Angeles, em dezembro, após a demissão do
antigo técnico.
Parabéns, Kings! Valeu o esforço, Devils! Parabéns
Jonathan Quick, pelo MVP! Parabéns Martin Brodeur, pela bravura! Segue o nosso
apelo e te aposenta por cima, como fez Patrick Roy.
Abraço a todos. Nos vemos nos playoffs do ano que
vem.
Goldy.
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